segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Pesquisa: Educação integral/educação integrada e(m) tempo integral: concepções e práticas na educação brasileira.





Pesquisa 1 : Universidades

Título  : Educação integral/educação integrada e(m) tempo integral: concepções e práticas na educação brasileira.


Período: 2010 -2014.

 Mapeamento das experiências de jornada escolar ampliada no Brasil
Objetivos:
A partir da constituição do grupo, emergiram questões como:
Quais práticas estão sendo implantadas para ampliar a jornada escolar e levando em consideração uma educação integral? Existe uma concepção ou há diferentes concepções de educação integral?
 Essas e outras questões povoaram a discussão sobre o projeto no sentido de precisar, da melhor forma possível, a temática a ser investigada. A proposta foi então elaborada tendo os objetivos  de:
I-            Mapear experiências de ampliação de jornada no ensino fundamental em curso no Brasil; de
II-         II- analisar as experiências mapeadas a partir da construção de critérios que evidenciassem suas concepções e práticas;
III-        Subsidiar a proposição de políticas públicas voltadas para a implementação de educação integral, em nível nacional.
TOTAL GERAL (BRASIL) 5.564  
 Responderam 2.112 (38%) 
500 com atividade de ampliação de jornada ( 23,7%)

Coletar o que existia no Brasil de Jornada Integral Ampliada, nas 5 regiões.

    Os dados  mostram que 299 experiências do total de 800, ou seja, o equivalente a 37,4%, são desenvolvidas durante cinco dias da semana, com oito ou mais horas diárias. E mais, revelam que 41,6% ocorrem durante cinco dias da semana e apresentam uma carga horária maior ou igual a sete horas diárias. Partindo dessa constatação, observamos que, caso essa carga horária corresponda à jornada 26 Educação integral/educação integrada e(m) tempo integral: concepções e práticas na educação brasileira efetiva dos alunos matriculados, grande parte dos municípios respondentes estaria em condições de atender às determinações do Decreto n° 6.253/2007, podendo, sob essa perspectiva legal, incluir suas matrículas no cômputo da distribuição dos recursos do Fundeb na condição de “tempo integral”.
Desafios:
  O primeiro diz respeito ao número de alunos atendidos pelas experiências. Conforme se constatou, mesmo nos municípios em que há experiências, ampliar o número de alunos envolvidos ainda é uma necessidade observada nos resultados nacionais, mas fortemente influenciada pelas regiões Sudeste e Nordeste.

Diversas questões podem ser formuladas em relação a esses dados, ensejando novas investigações, a serem desenvolvidas tanto na etapa qualitativa deste estudo quanto em outras pesquisas:
I-            Quais os critérios para definição do número de alunos atendidos em cada experiência e, principalmente, para escolha dos alunos?
II-          Quais os critérios para a priorização dos anos iniciais do ensino fundamental?
III-       Quais as questões específicas a serem consideradas, em relação à faixa etária/etapa biográfica do estudante, para a implementação de projetos de ampliação da jornada escolar?

Estes apontamentos ajudaram a criar os critérios de priorização do PME que começou com regiões metropolitanas, por conta da questão logística e também por estas darem uma maior visibilidade à nova política que estava sendo implementada e, possivelmente, esta visibilidade, pudesse atrair mais sistemas de ensino.

 - O segundo desafio se refere à desigualdade na distribuição das experiências entre as regiões brasileiras, verificando-se índices muito baixos de implementação nas regiões Norte e Centro-Oeste. Além disso, verificam-se ainda desigualdades entre os estados de uma mesma região, inclusive naquelas com maiores índices de implementação – Sudeste, Nordeste e Sul.

Possibilitou o aumento de escala no PME. Não era possível ficar somente nas capitais. Interiorização do PME. Se continuássemos com a política de capitais e regiões polos, dificultaria  o acesso das localidades com baixa densidade populacional.

A diversidade dos projetos, anteriormente mencionada, constitui uma  outra conclusão geral da pesquisa, a qual aponta a inexistência, entre as experiências em ampliação da jornada escolar atualmente em andamento no Brasil, de um modelo único de organização – embora possa haver, em relação a certos aspectos, algumas tendências predominantes. Essa conclusão pode ser confirmada por diversos dados, dentre os quais se destacam a multiplicidade de nomenclaturas dadas às experiências, as diversas combinações entre dias da semana em que as experiências são realizadas e horas de ampliação da jornada, a diversificação das atividades desenvolvidas e dos locais de realização.
 Será tarefa da pesquisa qualitativa aprofundar a compreensão de diferentes formatos de ampliação da jornada escolar, seus fundamentos e suas implicações. Assim, um critério fundamental para a seleção das experiências a serem focalizadas nessa próxima etapa deverá ser a tentativa de contemplar, ao máximo possível, a diversidade observada em relação a vários elementos dos diferentes projetos, bem como sua relação com o contexto onde foram implantados.

Propiciou o agrupamento das atividades em macrocampos a fim de que se tivesse uma organização mínima e, ao mesmo tempo, propiciasse ações contemplando as realidades locais e seu saberes. 

observa-se também que há uma considerável variação, no conjunto das experiências, quanto à duração da jornada. Verificam-se, em maior ou menor número, registros de experiências para todas as composições possíveis – desde jornadas de apenas 4,5 horas diárias (registradas em uma porcentagem não desprezível de experiências 11,2%) até as de oito horas ou mais por dia, conjugadas com números de dias por semana que variam de 1 a 5.

O PME foi mais incisivo na exigência de que as escolas cumprissem as 7 horas diárias e ou 35 horas semanais. Este fato pode ser verificado tantos nos manuais como nas outras formas de mobilização desenvolvias como: Seminários e Webconferências.

Outro desafio que se impõe é o acompanhamento das experiências em andamento e, se possível, a disponibilização de assistência técnica/pedagógica que contribua para a equalização das dificuldades encontradas e para o aprimoramento da experiência, no sentido da consecução dos objetivos de uma educação integral. Tendo em vista as dimensões envolvidas nessa proposição, apontamos para uma possível descentralização de algumas dessas responsabilidades para instituições locais, como, por exemplo, para as universidades, por meio de programas e projetos que estabeleçam esse tipo de parceria.

O PME articula com cerca de 50 IES no Brasil, devido à indicação de que o tema deveria ser descentralizado do MEC.

Cabe ressaltar que o segundo conjunto de atividades referido sugere uma ampliação do espectro de atuação da escola, assumindo-se novas dimensões de formação na perspectiva de uma educação integral que contemple não apenas os saberes escolares clássicos, mas também diferentes manifestações artísticas, culturais, esportivas, intelectuais, ligadas à comunidade ou capazes de enriquecê-la. A Portaria Ministerial nº 17, de 24 de abril de 2007, que institui o programa Mais Educação, ao propor a organização das atividades em diferentes campos,4 aponta para esta formação integral. Nesse sentido, o planejamento das políticas públicas e das ações escolares, numa perspectiva intersetorial, pode ser uma importante estratégia.
Aponta para uma gestão intersetorial do PME. Criação do Fórum do PME e articulação com outros ministérios. Desencadeou a publicação: Gestão Intersetorial no Território.


Um dado levantado pela pesquisa que tem grande importância para o delineamento de um panorama da educação de tempo integral no Brasil é o que informa que a maior parte das experiências (80,1%) desenvolve as atividades associadas à jornada ampliada no turno contrário ao “regular”. Ou seja, no formato atualmente predominante, a criança ou jovem tem aulas das disciplinas do currículo formal em um turno e atividades diversificadas em outro, sendo estas últimas associadas aos projetos de ampliação da jornada escolar. Diversas hipóteses podem ser levantadas na tentativa de explicar os motivos dessa forte predominância.

Este tema foi debatito em Seminários e Webconferências para que as escolas não realizassem a proposta dividida em duas: “a escola da tarde” e a escola da manhã”.

Esse panorama revela um momento de dinamismo no que se refere à educação de tempo integral no Brasil, evidenciando a necessidade de políticas e ações que subsidiem os projetos em andamento e estimulem novas experiências, contribuindo para reduzir as desigualdades e para qualificar as ações, tendo em vista a garantia do direito à educação numa perspectiva integral. Nesse cenário, ressalta-se a necessidade de estudos que possam colaborar para melhor entender a referida diversidade, identificando tendências predominantes, destacando especificidades, divulgando resultados e avaliando impactos. A pesquisa ora apresentada pretende incidir nesse campo e sua próxima etapa, qualitativa, deverá contribuir para a compreensão mais aprofundada de pontos que esta parte quantitativa, aqui apresentada, trouxe à tona.

Pesquisa  do  Programa Mais em parceria com as Universidades: UFMG – UFLA- UFSJ- UFPA-UFG-UFPR- UNIRIO- UFPE.


Impactos na Educação integral Integrada.

   Em setembro de 2011,   durante uma Reunião Técnica das Universidades Parceiras na Formação de Professores e outros profissionais no Campo da Educação Integral, na perspectiva do Programa Mais Educação. A  Diretora de Currículos e Educação Integral, Professora Doutora Jaqueline Moll, reuniu-se com os pesquisadores das Faculdades de Educação dos seguintes estabelecimentos de ensino superior: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), as quais já haviam participado de pesquisas anteriores sobre Educação Integral, apresentando-lhes a solicitação de uma nova pesquisa, a qual investigasse o impacto do Programa Mais Educação nas escolas que o haviam implantado a partir de 2008. Naquele momento inicial, a pesquisa foi delineada como um estudo qualitativo a ser desenvolvido junto às escolas que aderiram ao Programa.








0 comentários:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário, sugestão ou dúvida.