Com foco na aprendizagem e na ampliação
da jornada escolar para até 10 milhões de estudantes do ensino
fundamental e médio de até 47 mil escolas em todo o Brasil, o Ministério
da Educação investirá R$ 700 milhões nos programas Mais Educação e
Ensino Médio Inovador.
O ministro da
Educação, Mendonça Filho, explicou que os dois programas foram
reformulados. “No caso do Mais Educação, cujo público-alvo são os
estudantes do ensino fundamental, o principal foco do programa, agora, é
a melhoria da aprendizagem de matemática e de língua portuguesa. Já o
programa Ensino Médio Inovador tornará obrigatórios quatro campos de
atividades e as redes estaduais de ensino terão autonomia para alterar
um desses quatro campos”, disse.
Na
adesão de 2016 a ser executada pelas redes de ensino em 2017, o MEC
investirá R$ 400 milhões no Mais Educação, para atender entre 15 mil e
40 mil escolas com 140 alunos, em média, o que pode totalizar de 2,1
milhões a 5,6 milhões de alunos, dependendo do número de adesões para os
modelos de 5 horas ou 15 horas semanais além do período normal de
aulas.
A ampliação da jornada em 15
horas semanais contará com 8 horas de acompanhamento pedagógico, sendo 4
horas de língua portuguesa e 4 horas de matemática. As demais 7 horas
serão distribuídas entre atividades de livre escolha da escola a partir
de um leque de opções. Essas 15 horas poderão ser distribuídas em
períodos de duração diferentes ao longo da semana.
As
escolas que não contam com a infraestrutura necessária para oferecer o
tempo integral, poderão participar do programa com a ampliação de 5
horas semanais para atividades de acompanhamento pedagógico em língua
portuguesa e matemática.
De acordo
com a Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, as mudanças no
programa Mais Educação se basearam na avaliação de impacto publicada
pela Fundação Itaú Social em novembro de 2015.
O
estudo apontou que as escolas que participaram do Mais Educação, de
2008 a 2011, apresentaram redução no desempenho de matemática, além de
não ter gerado nenhuma melhoria nas taxas de abandono escolar e no
desempenho em língua portuguesa. Estes resultados foram encontrados
tanto nos anos iniciais, quanto nos anos finais do ensino fundamental.
“As
escolas com baixo índice socioeconômico e baixo desempenho no índice de
desenvolvimento da educação básica (Ideb) serão priorizadas nesta
versão e as redes terão maior papel na definição das escolas que
ofertarão o programa”, disse o ministro.
O
programa será executado ao longo de um ano letivo para que os
resultados possam ser aferidos ao final desse período e o MEC oferecerá
orientações para a implantação do acompanhamento pedagógico, com
sugestões sobre como selecionar, monitorar e formar os mediadores de
aprendizagem, assim como sugestões de materiais pedagógicos e
metodologias para garantir melhores resultados.
Adesões –
Criado em 2007, a última edição do Mais Educação foi em 2014. Não houve
adesões ao programa em 2015. Historicamente, o programa vem sendo
executado a partir do meio do ano, o que não condiz com o calendário
escolar.
A edição de 2014 do programa
alcançou 8,31 milhões de alunos. No entanto, os dados do Censo Escolar
não refletem os números do programa, indicando somente 4,5 milhões de
alunos do ensino fundamental em tempo integral, no mesmo ano.
Inovador –
O MEC dará continuidade ao programa Ensino Médio Inovador, cujo
orçamento a ser executado em 2017 é de R$ 300 milhões, o que permitirá
atender 4,5 milhões de estudantes em 7,3 mil escolas.
O
programa visa apoiar as secretarias estaduais no desenvolvimento de
ações de melhoria da qualidade do ensino médio com ênfase nos projetos
pedagógicos que promovam a discussão e reorganização da flexibilização
dos currículos.
O programa Ensino
Médio Inovador, nesta versão, passou por alguns ajustes, tornando
obrigatórios quatro campos de atividades, incluindo acompanhamento
pedagógico em língua portuguesa e matemática. As redes estaduais de
ensino terão autonomia para alterar um desses quatro campos.
Outra
novidade é que o programa passará a priorizar as escolas de acordo com o
nível socioeconômico aferido pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (Inep). Além disso, o programa
incorporou o campo de integração curricular mundo do trabalho e
protagonismo juvenil. “Nesta versão, o programa terá metas definidas por
escola e rede e monitoramento contínuo das ações”, acrescentou o
ministro.
As opções da jornada são de
cinco ou sete horas diárias, ampliando o tempo dos estudantes na escola
e buscando garantir um ensino médio mais atrativo que oferte uma
formação ampla ao jovem, o que é fundamental para tornar a escola
significativa, com o objetivo de reduzir as taxas de abandono e melhorar
o desempenho dos estudantes.
Fonte: Ministério da Educação
Há alguma informação sobre período/prazo de adesão?
ResponderExcluirProf Leandro.
ExcluirAs escolas tem, de 24 de outubro a 17 de novembro para realizarem a adesão via PDDE Interativo.
Att,